Meu acosador favorito
Há cerca de três anos, eu conheci alguém que parecia ser o parceiro perfeito. Nós tínhamos interesses em comum, muitas piadas internas e um nível semelhante de energia e paixão pela vida. Eu estava apaixonado, e achava que finalmente havia encontrado o amor verdadeiro.
Mas logo percebi que ele estava ficando um pouco obsessivo. Ele queria me ver sempre, saber de todos os meus movimentos, qual era o meu horário de trabalho e quem eram meus amigos. Eu me senti sufocado, e tentei conversar com ele sobre como eu precisava de mais espaço e privacidade em nosso relacionamento. Mas ele se recusou a ouvir e continuou a me perseguir.
Eu comecei a sentir medo dele, especialmente quando eu descobri que ele estava seguindo-me em todos os lugares. Ele aparecia no meu trabalho, faculdade, em casa e até mesmo quando eu saía com amigos. Eu me senti completamente invadido e violado. Tentei ignorá-lo e bloquear todas as suas chamadas e mensagens, mas ele sempre encontrava uma maneira de entrar em contato comigo.
Então, finalmente, decidi buscar ajuda. Procurei uma terapeuta para trabalhar minha autoestima e forma de enfrentar a situação. Passamos horas falando sobre meus medos e inseguranças, além das técnicas para lidar com o acoso, foi uma jornada que me levou meses, mas finalmente consegui me livrar dele.
Foi uma experiência traumática, mas foi também um grande aprendizado sobre limites, respeito e autenticidade em relacionamentos. Eu aprendi a nunca comprometer minha integridade e segurança por alguém, mesmo que esse alguém pareça ser o amor da minha vida.
Ainda me pergunto como ele está e se ele realmente entendeu o que me fez passar. Mas o mais importante, eu finalmente entendi que o meu bem estar e a minha segurança vem sempre em primeiro lugar. Aprendi que posso ser feliz e ter relacionamentos saudáveis e duradouros quando respeito meus limites e me comporto com dignidade e autoestima.
Agora eu sei que ele não era o meu amor verdadeiro, mas apenas uma lição valiosa ao longo da minha jornada. E agradeço à terapia por me mostrar que os relacionamentos podem ser fontes de alegria, amor e paz, em vez de dor, medo e insegurança. A seriedade do acoso deve sempre ser levada em consideração e falo isso por experiência própria.
Terapia funciona, pergunte alguém que saiba.
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